Exposição gradual de movimento para dores crônicas
Um desafio para o tratamento de dores crônicas é o medo relacionado ao movimento. Esse medo pode retornar após o tratamento bem-sucedido com o mínimo de estímulo. Por exemplo, os pacientes deixam o tratamento pensando que estão “curados” podem experimentar, de forma espontânea, associações de movimentos sendo gatilhos para novas crises.
Para solucionar de verdade isso, utilizamos a exposição gradual ao movimento. Esse é um tratamento específico projetado para reduzir ou remover o medo, a ansiedade e a evitação expondo um sujeito a um estímulo do medo.
Por exemplo, se você tem medo de aranhas, você não consegue ficar com menos medo de aranhas evitando-as, precisa ser exposto a elas. Dito isso, se você tem medo de aranhas, não é ficando perto de coelhos lindos que você vai ficar sem o medo de aranhas.
Isso não é diferente com a dor em movimentos ou atividades. Se você está evitando se inclinar para a frente porque machuca as costas e está preocupado, assustado ou com medo de prejudicá-la, se você não se "expor" você não ficará sem o medo/dor/limitação. Entende?
As idéias aqui provêm da literatura indicando que a associação inibitória para um estímulo é mais provável que se aprofunde se o estímulo for ocasionalmente emparelhado com o resultado real temido. Praticamente, o que isso significa para o tratamento é que você deve entender, identificar e se expor ao movimento.
Uma consideração importante é o paciente deve confiar no seu fisioterapeuta- não só porque "tem" que confiar - essa confiança precisa ser conquistada e mantida pelo método de exposição gradual e progressivo.
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